Sobre a rosa
Escreve-se bastante sobre a rosa.
Cheirosa; é ferida por espinho.
Coitadinho! É fala mentirosa.
Generosa ponta: amparo e carinho.
Espinho ferre só a mão que arranca.
Branca ou qualquer outra, para presente.
Não sente: ali é altar; faz carranca.
Tranca-lhe com toda força o seu dente.
Imponente em topo, tempo preciso.
Paraíso e olhares, galho castelo.
Belo e efêmero viver; que extrai riso.
Juízo tem que não a apanha; pois mata.
Sensata a pessoa que dá plantada.
Elevada; o espinho não a maltrata.
Talvez a rosa chore de dor quando puxada ou se a corta
Não sabe se defender, e foi sempre assim...
Um ramalhete é impactante, mas é beleza morta.
#ordonismo
Uberlândia MG