Labirinto do tempo

Ao perscrutar o íntimo do peito,

Despertam paixões, ferventes, ocultas.

Outrora confessadas sem receito,

Agora proscritas, mudas e sepultas.

Novos rumos da vida nos desviam,

Sem poder manter o já sentido.

Resguardá-lo seria inócua frivolidade,

Pois o pretérito está já extinto.

Mas na alma, um pensamento teima em morar,

E a lembrança, pertinaz, persipicaz...

não quer esmaecer.

O coração, fragmentado, busca se recompor,

Na esperança de um dia voltar a florescer.

Inutilidade do sentir, apenas pensar