Solilóquio da Alma Errante
Na solidão da noite, em pranto aflito,
Me perco em labirintos do pensar,
O arrependimento é meu maldito,
Fiel companheiro a me atormentar.
Na crise, questiono o sentido oculto,
Da vida que se esvai como um lamento,
Filosofando, busco ser mais culto,
Mas o vazio é meu único alento.
A tristeza me envolve, escura capa,
No palco de uma vida em desalento,
E o tempo, como lâmina, se desdobra.
Assim, na solidão do pensamento,
No palco do existir, triste, me assombra,
Busco na filosofia um alimento.