O ÚLTIMO HIBAKUSHA
Quando Kazuo Osho desceu ao pó
Testemunha final do horror da guerra
Não tinha mais conhecidos na terra
Foi-se triste, desassistido e só.
Na retina, o clarão da luz da morte,
No ouvido, o ronco horrível de mil feras,
Na pele, o bafo quente da quimera
Que deixou vivo alguns poucos sem sorte.
Hibakushas, os zumbis do oriente,
Vagaram por um mundo sem sentido
Párias da existência, opróbrio das gentes.
Pertencem hoje ao passado esquecido,
De uma história em nada comovente...
Que eu quis contar...achei que era devido.