Síndrome do Desertor
Na vastidão do mar, um desertor se esconde,
Síndrome que aflige o coração inquieto.
Em busca de aventuras, sonhos ao vento,
Deixa para trás tudo o que mais lhe corresponde.
Um espírito livre, sedento de horizontes,
O desertor não teme o desconhecido.
Abandona o porto, o amor escolhido,
Em busca de um destino incerto, outras fontes.
Mas no peito, a saudade, um fardo pesado,
A voz da razão grita, o chamado é ouvido.
A síndrome do desertor, um dilema encoberto.
Pois a liberdade tem seu preço, meu amigo,
E a solidão, companheira do deserto,
Pode encher de vazio o mais bravo abrigo.