o Eu inexistente
Somos apenas uma ausência pura
Um eco que silencia e ensurdece
A inexistência que nos enlouquece
Somos o ódio e também a ternura
O fogo da paixão que nos aquece
Somos sanidade e somos loucura
Aquele gosto doce da amargura
Um sopro, suspiro, somos a prece
Somos mentira e também a verdade
Bondade, somos ódio e coração
E somos a fome, guerra e a maldade
Um "eu" inexistente na humanidade
A razão, emoção e também maldição
Somos perfeitos na dualidade