TRILHA DE SONETOS CXX- DIÁLOGO COM GUILHERME ARANTES

🎵🎶*BRINCAR DE VIVER*🎵🎶

(Guilherme Arantes)

Quem me chamou

Quem vai querer voltar pro ninho

E redescobrir seu lugar

Pra retornar

E enfrentar o dia-a-dia

Reaprender a sonhar

Você verá que é mesmo assim

Que a história não tem fim

Continua sempre que você

Responde sim à sua imaginação

A arte de sorrir

Cada vez que o mundo diz não

Você verá

Que a emoção começa agora

Agora é brincar de viver

E não esquecer

Ninguém é o centro do universo

Assim é maior o prazer

Você verá que é mesmo assim

Que a história não tem fim

Continua sempre que você

Responde sim à sua imaginação

A arte de sorrir

Cada vez que o mundo diz não

E eu desejo amar todos

Que eu cruzar pelo meu caminho

Como sou feliz, eu quero ver feliz

Quem andar comigo, vem

Você verá que é mesmo assim

Que a história não tem fim

Continua sempre que você

Responde sim à sua imaginação

A arte de sorrir

Cada vez que o mundo diz não

Compositores: Guilherme Arantes / Jon Marcus Lucien

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*MATIZANDO A VIDA*

Não leve a vida tão a sério assim,

liberte o sonho, lance-o para fora,

para viver feliz, aqui, agora,

a linda história, do princípio ao fim.

A vida, feito um colossal jardim,

oferta-nos o viço de onde aflora

o sonho, a flor que medra a cada aurora

e nos motiva o caminhar... Enfim,

vamos brincar de colorir a vida

para curar as dores e a ferida

de todo sofredor, sem distinção,

doando amor, num matizar fecundo,

para abraçar, com devoção, o mundo

e exterminar o mal do coração.

Aila Brito

*MUNDOS*

Bem mais do que a saudade, a nostalgia

Revela o coração de parcas flores

E um travo momentâneo, à revelia,

Amplia, sem querer, os dissabores.

Deitar a vida sobre a poesia,

Enquanto o olhar, vagante, encontra cores,

É mais do que criar a sinergia

Que arranca o ser do furacão das dores.

Mas quando, num remígio de otimismo,

O caminhante, no ancestral tropismo,

Entrega-se ao remanso dos seus sonhos,

Descobre o verdadeiro bem-estar,

Sentindo na emoção o sol raiar,

Lançando aos rostos versos mais risonhos.

Ricardo Camacho

*PRESUNÇÃO*

Em regozijo, abraço a nova aurora

Feito um regalo que uso na esperança

De resguardar a sensual lembrança

Do intenso amor vivido em mágica hora.

A história avança, pondo em xeque o outrora,

Respondo com o dom da temperança,

Mas relembrando o tempo de criança

Devo mudar o meu perfil, agora!

Aproveitar! E, enfim, buscar prazer

Em novas tramas para renascer,

Malgrado o palco esteja em convulsão.

Felicidade, às vezes, dura pouco...

Se o paraíso espelha um mundo louco

De conquistá-lo tenho a pretensão.

José Rodrigues Filho

*A VIDA... A CONTA

A vida se assemelha ao carrossel,

dá muitas voltas... gira, gira, gira...

e dos volteios algo bom se tira,

mas outras vezes prova-se do fel.

A vida, feito um bloco de papel,

registra a história, o plano que se mira,

os sonhos... tudo o que nos toca ou fira,

o bem, o mal - em descrição fiel.

A vida, qual balança, pesa, enfim,

os atos praticados: bom, ruim;

dá- nos o preço no final (a conta).

Mas para que se tenha e se afiança

a vida boa, na melhor festança,

somente o amor - o norte nos aponta.

Aila Brito

*SONHOS*

Inevitavelmente, o "não" da vida

É uma nódoa na alvorada nua,

Parece até que o sol de vez recua

E o mundo cai na dimensão vencida.

Mas, na verdade, a chama divertida

Está no peito em que o lirismo atua,

Que faz da noite o dia sob a lua

Iluminada e, sempre, envaidecida.

E nesta retomada, a sintonia

Retorna e um velho estado de alegria

Produz renovos belos de esperança

Na projeção feliz que se irradia

Nos raios liriais da poesia

Que reacendem sonhos de criança.

Ricardo Camacho

*OS SONHOS*

Os sonhos que, por graça, criam asas,

conseguem transformar a nossa história

em vôo para além da trajetória

que deixa para trás as águas rasas.

Mais alto, nós subimos sem vanglória,

de cima, contemplamos nossas casas,

minúsculas partículas de brasas,

quando a vaidade então se torna escória.

Às vezes, o retorno ao nosso ninho

nos aquebranta o duro coração,

redescobrindo a nossa identidade.

No semear do amor pelo caminho,

sorrindo para o mundo que diz não,

podemos encontrar felicidade!

Luciano Dídimo

*O BOM COMBATE*

Feridas e arranhões? Quem vai safar-se?

Vivemos um rosário de batalhas…

Quem poderá manter, sob um disfarce,

os rasgos dolorosos das navalhas?

Ao ver o bom tecido desfiar-se

ou escutar o hinário em voz de gralhas,

e ainda que, nas pedras, haja adarce,

podemos adiar as vis mortalhas…

Pois cabe ao bom guerreiro, em sua luta,

ter atitude audaz e resoluta,

limando o inevitável mal que o abate!

Em cada cicatriz, há uma história

que traz superação, triunfo e glória…

a fortaleza vem do bom combate!!

Elvira Drummond

*VENDAVAIS*

Nas praças do destino, as brincadeiras

São formas de afastar os sofrimentos,

De distrair das dores, nos momentos

Sensíveis, em catarses verdadeiras.

As emoções que vêm dos sentimentos

São reações nem sempre passageiras,

Gerando escolhas velhas, derradeiras,

Que levam aos remorsos famulentos.

Revela, a vida, assim, a incrível arte

De recolher as peças, o estandarte,

Após os vendavais da inquietude,

Ao transformar num álacre remanso

A realidade plena de descanso,

Durante as fases da vicissitude.

Ricardo Camacho

*APRENDIZADO*

Bendito seja aquele que resiste,

Que ri da própria sorte e da desgraça,

Que entende que, na vida, tudo passa,

Que sabe ser feliz estando triste.

Bendito quem souber que a dor consiste

No mal motor daquele que fracassa

E que somente Deus, em sua graça,

É luz em todo ser que não desiste.

Bendito quem, nas horas derradeiras,

Puder lembrar de si de tais maneiras

Que sejam só de orgulho e de ufania.

Que, enfim, bendito possa ser também

Aquele que pretende estar além

Da imagem que o passado refletia.

Guilherme de Freitas

FÓRUM DO SONETO
Enviado por FÓRUM DO SONETO em 17/10/2023
Código do texto: T7911048
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