O PRESENTE ME ASSUSTA, DO FUTURO TENHO MEDO

A coragem nunca foi o meu forte.

No perigo, faço como o avestruz,

Escondo a cabeça num capuz,

E deixo minha vida entregue à sorte.

Vou seguindo esta estrada, sem Norte,

Que a um destino incerto me conduz.

Encurvado, tal quem leva uma cruz,

Ou um mendigo à espera da morte.

Nas vezes que tentei, inutilmente

Uma reação, ir contra a corrente,

Foi em vão, não passou de um arremedo.

Estava tão ligado ao fracasso,

Que antes de dar o primeiro passo,

Olhei para o futuro e tive medo.

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Recomendo enfaticamente a todos que escrevem ou gostam de ler sonetos,

que visitem a página da ABSC (Academia Brasileira de Sonetistas Clássicos),

aqui no nosso Recanto das Letras.

Jota Garcia
Enviado por Jota Garcia em 16/10/2023
Reeditado em 16/10/2023
Código do texto: T7910191
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