O PRESENTE ME ASSUSTA, DO FUTURO TENHO MEDO
A coragem nunca foi o meu forte.
No perigo, faço como o avestruz,
Escondo a cabeça num capuz,
E deixo minha vida entregue à sorte.
Vou seguindo esta estrada, sem Norte,
Que a um destino incerto me conduz.
Encurvado, tal quem leva uma cruz,
Ou um mendigo à espera da morte.
Nas vezes que tentei, inutilmente
Uma reação, ir contra a corrente,
Foi em vão, não passou de um arremedo.
Estava tão ligado ao fracasso,
Que antes de dar o primeiro passo,
Olhei para o futuro e tive medo.
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Recomendo enfaticamente a todos que escrevem ou gostam de ler sonetos,
que visitem a página da ABSC (Academia Brasileira de Sonetistas Clássicos),
aqui no nosso Recanto das Letras.