A voz que não cala
Mesmo morrendo, Anastácio veio resistiu,
Morreu na fila do hospício a convulsão,
De coração calado, sem um ser ilusão,
Assim da vida ele tentou e o refletiu.
A voz que não cala também o fala,
Mesmo os versos estranguladores de vozes,
Momentos em que a vida é uma sala,
Calada como gritos lembrados as nozes.
Queria voltar ser e ser novamente,
Um garoto feliz, uma feliz criatura,
Pois os homens não cansam de atormente.
Pode ser que esteja eu errado ou não,
Convalescido dos meus problemas dura,
É a vida de um poeta sem a reposição.