A voz que não cala

Mesmo morrendo, Anastácio veio resistiu,

Morreu na fila do hospício a convulsão,

De coração calado, sem um ser ilusão,

Assim da vida ele tentou e o refletiu.

A voz que não cala também o fala,

Mesmo os versos estranguladores de vozes,

Momentos em que a vida é uma sala,

Calada como gritos lembrados as nozes.

Queria voltar ser e ser novamente,

Um garoto feliz, uma feliz criatura,

Pois os homens não cansam de atormente.

Pode ser que esteja eu errado ou não,

Convalescido dos meus problemas dura,

É a vida de um poeta sem a reposição.

Gumer Navarro
Enviado por Gumer Navarro em 13/10/2023
Código do texto: T7908147
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