SONETO DA(S) MINHA(S) OUTRA(S) VIDA(S)
A vida que tenho é a vida possível
Dos sedimentos das coisas e de mim
Mas tenho outra(s) vida(s), essa(s) sem fim
Sem regras, nem paredes, intangível(eis)
Vida(s) guardada(s) abaixo da superfície
Da crosta fina e frágil da realidade
Toda(s) contida(s) querendo liberdade
Para mudar meu mundo de estultice
Volta e meia minha(s) vida(s) contida(s)
Se rebela(m) fazendo disrupção
E escapa(m) de sua(s) cela(s) escondida(s)
E se mostra(m) para esse universo
Em forma de soneto ou outra formação
Minha(s) vida(s) se torna(m) meu(s) verso(s)