SONETO DA(S) MINHA(S) OUTRA(S) VIDA(S)

A vida que tenho é a vida possível

Dos sedimentos das coisas e de mim

Mas tenho outra(s) vida(s), essa(s) sem fim

Sem regras, nem paredes, intangível(eis)

Vida(s) guardada(s) abaixo da superfície

Da crosta fina e frágil da realidade

Toda(s) contida(s) querendo liberdade

Para mudar meu mundo de estultice

Volta e meia minha(s) vida(s) contida(s)

Se rebela(m) fazendo disrupção

E escapa(m) de sua(s) cela(s) escondida(s)

E se mostra(m) para esse universo

Em forma de soneto ou outra formação

Minha(s) vida(s) se torna(m) meu(s) verso(s)

Luiz Fraga
Enviado por Luiz Fraga em 13/10/2023
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