QUANDO A TRISTEZA PROCURA SUA RIMA
Quando a noite, do fim se aproxima,
Hora em que o vinho toma a direção,
Soltam-se as amarras da emoção,
Que é da poesia a matéria prima.
A tristeza procura sua rima,
Uma lágrima já de prontidão.
Um lápis aparece em sua mão,
E um guardanapo completa o clima.
Um raio de sol, já é quase dia,
O sono abranda sua agonia,
O tronco sobre a mesa, relaxado.
E no guardanapo deixado ao lado,
Todo o sentimento anotado,
Numa ata, em forma de poesia.