SONETO A UMA PEDRA
Joguei uma pedra de poesia
No espelho da realidade
E vi os estilhaços da minha verdade
Caídos no chão dos meus dias
No meio do caminho a pedra ficou
Como totem marcando passagem
Como reflexo da minha imagem
Das mentiras de quem sou
Joguei uma pedra de poesia
E ela ainda voa pelo espaço
Bate em José, toca em Maria
Resvala em tudo o que faço
Amálgama de tristeza e alegria
No trajeto da pedra da poesia