SONETO ESCRITO PELA SAUDADE
Sou a saudade que aperta o peito
E faz o pensamento no passado viajar
Tira do presente sua hora e seu lugar
Dor que não tem remédio nem jeito
Sou a saudade tatuando memórias
Mexendo e abalando estruturas
Fazendo do dia noites escuras
Abrindo um antigo livro de histórias
Nem adianta correr para o leito
Tentar dormir, talvez esquecer
Não me trará qualquer efeito
Estarei contigo até o tempo de morrer
Andarei bem do lado do teu viver
Sou a saudade que aperta o peito