Cena molhada que dopa

Liga o chuveiro, para o alto seu rosto.

Exposto à luz, a água descia.

Poesia pura, era de dar gosto.

Composto lindo de pós correria.

Sorria canto de boca e pensamento.

Movimento de tirar o ar; mãos, pele.

Repele o cansaço; é quase alento.

Evento perfeito; que o olhar impele.

Adele ao fundo; som vindo da copa.

Ensopa seus cachos; shampoo, e cheiro.

De inteiro deleite que galopa.

Topa seus dedos; o cabelo espreme.

Geme até; cena molhada que dopa.

Envelopa em toalha e passa o creme.

ordonismo

Da série: poemacho

Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 07/10/2023
Reeditado em 09/10/2023
Código do texto: T7903498
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