Cena molhada que dopa
Liga o chuveiro, para o alto seu rosto.
Exposto à luz, a água descia.
Poesia pura, era de dar gosto.
Composto lindo de pós correria.
Sorria canto de boca e pensamento.
Movimento de tirar o ar; mãos, pele.
Repele o cansaço; é quase alento.
Evento perfeito; que o olhar impele.
Adele ao fundo; som vindo da copa.
Ensopa seus cachos; shampoo, e cheiro.
De inteiro deleite que galopa.
Topa seus dedos; o cabelo espreme.
Geme até; cena molhada que dopa.
Envelopa em toalha e passa o creme.
ordonismo
Da série: poemacho