No teu rosto a acusação

A última chance, sim, desperdicei

Entreguei-me finalmente ao destino

E fiz da razão um qualquer desatino

Finjo não saber aquilo que eu sei

Tudo que um dia eu tanto cobicei

Se perdeu num caminho clandestino

Guiado por este coração cretino

O qual tantas vezes eu rechacei

Sou eu o erro, e também o fardo, mea culpa

O teu pecado é nunca desamar

És a lembrança de que não há desculpa

Do quão sou pequeno diante do mar

“Minha culpa, minha tão grande culpa”

E é por isso eu não consigo te amar