As gaivotas abanam
Elas ficam atentas e na espreita grunhindo
Gravitam, pairam, são atentas e disfarçadas
Gorjeando, aguardam os descartes caladas
Enquanto os pescadores limpam, sorrindo.
A fartura de peixes trazidos em seus barcos
As gaivotas galanteadoras ficam quietinhas
Garimpando grandiosas e muito caladinhas
Gulosas, gerenciam e determinam os marcos.
Tem para todas, mas não pegue o peixe meu!
Golpeiam, abocanhando as cabeças jogadas
Devoram os restos que o pescador lhes deu.
Ecoando, elas são livres nos céus e planam
Molduram belos cenários em suas revoadas
Nos seus gráceis voos, as suas asas abanam.
Texto e imagem: Miriam Carmignan