Indefinições

Estranho o tempo; resolve nada!

Pendências acumulam-se ligeiro.

Vontade cambaleia algo drenada.

Notícia alguma por mensageiro.

Sucede-se, longo, o tedioso dia.

O que esperar dessa vida vazia?

Uma morte? Qualquer alegoria?

Não há sorte; abunda penúria.

Não há cheiro de alguma cocção,

nem ruídos sinalizando remoção.

Nada se lê ou se ouve de furacão.

No estacionário, faz falta um ruído.

Qualquer um, até mesmo o doído;

até o espasmo do seu amor fingido.

René Henrique Götz Licht
Enviado por René Henrique Götz Licht em 04/10/2023
Código do texto: T7900747
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