Indefinições
Estranho o tempo; resolve nada!
Pendências acumulam-se ligeiro.
Vontade cambaleia algo drenada.
Notícia alguma por mensageiro.
Sucede-se, longo, o tedioso dia.
O que esperar dessa vida vazia?
Uma morte? Qualquer alegoria?
Não há sorte; abunda penúria.
Não há cheiro de alguma cocção,
nem ruídos sinalizando remoção.
Nada se lê ou se ouve de furacão.
No estacionário, faz falta um ruído.
Qualquer um, até mesmo o doído;
até o espasmo do seu amor fingido.