Acenos
Desacelero os passos ante o belo
ponto de cor no cinza da manhã,
e uma esperança audaz e tão louçã
ressurge dentre as sombras do castelo
do meu pesar e sinto, em meu afã,
que a intrepidez das flores eu anelo.
Se morro em cada dor, renasço no elo
da transcendência inata, pura e grã
da poesia e seu etéreo umbral.
Adentro e ali percebo o divinal
encanto que extasia o meu semblante...
Desacelero os passos, sinto e escuto
um aceno de vida ao fundo luto
e um aceno de cura à dor pulsante.
Foto: Arquivo pessoal