Acenos

Desacelero os passos ante o belo

ponto de cor no cinza da manhã,

e uma esperança audaz e tão louçã

ressurge dentre as sombras do castelo

 

do meu pesar e sinto, em meu afã,

que a intrepidez das flores eu anelo.

Se morro em cada dor, renasço no elo

da transcendência inata, pura e grã

 

da poesia e seu etéreo umbral.

Adentro e ali percebo o divinal

encanto que extasia o meu semblante...

 

Desacelero os passos, sinto e escuto

um aceno de vida ao fundo luto

e um aceno de cura à dor pulsante.

 

Foto: Arquivo pessoal

 

Geisa Alves
Enviado por Geisa Alves em 03/10/2023
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