Do (EU) ao outro...
O que me dói é sofrido, é “sofrência”
O que dói ao outro é o nada...
O divã me ouve as carências
com a hora marcada...
Quantas vezes saio dali
levando ao outro a dor que doeu em mim...
Sou a “vitima” que odeia “ vitimistas”,
mas o carrasco impiedoso do outro...
Sou a dor, sou a ferida...
Sempre a dor mais sofrida
daquilo que causa estrago...
Se isso do (EU) ao outro,
Pouco me importo, nem percebo...
Se percebo volto ao divã... Bem pago!