E dorme como as outras crianças...
Vem de muito longe essa tal menina.
Pequenina; sol repleto de dança.
Herança: jeito exato: bailarina.
Traquina; véu na cabeça; criança.
Esperança menina; ponta de pé
Ré, vira, volta, revira; se lança,
Trança as perninhas e com toda fé.
É borboletinha, voa e balança.
Aliança com passado e presente.
Exatamente como era, permanece.
Parece que foi ontem; mas a alma sente.
-Gente, é pra sempre essa menina!
Fascina; olhinhos fechados, desliza.
Pisa leveza sempre: a bailarina.
Uberlândia MG
ENCANTOS DE BAILARINA
Rendo-me ao belo, vendo em sincronia,
A cada passo, olhos outros, te desejam...
Tamanho fascínio, só um cego não diria,
Estar caído como todos, que a ti, vejam...
A orquestra curva-se a nosso queixume,
E baixa o ritmo pra que sejas percebida,
No foco luminoso valorizando-a no lume...
E danças fulgurante tal moças atrevidas,
A paixão me toma, como flecha certeira,
No palco encantado, sem ter consciência,
Sou posto nas cenas com toda inocência...
Pra dançarmos juntos um amor primeiro,
Que ao mundo novo, traz por pertinência,
Com nosso direito em beijos e reticências...
** conversa poética de Jacó Filho**