MÃOS

São tão brancas as mãos que tenho!

Como da vela, a cera mais pura: alvíssima...

Porém, se transmutam quando a dançar, venho.

Enlaçam-se, embaladas por melodia puríssima.

Viajando nos mais maviosos tons:

finas, suaves, ágeis, delicadas.

Ganham cor pastel até as de neon.

Sem deixar de aparentar serem acetinadas.

Percorrem, como um fino pincel, velozes,

o ar, que se impregna de aroma e doçura.

Como água de nascente, silenciosa quase,

caem, com leveza, com extrema candura.

Mãos de fada, qual em rica seda, apertadas.

Pela tua face, num abraço, deslizarão encantadas.

Revisora textual, Consultora literária, Membro da Academia Virtual de Poetas da Língua Portuguesa (AVPLP) - Acadêmica Titular do Brasil e de Portugal; Membro efetivo da U.A.V.I (União de Autores Virtuais Independentes); Acadêmica Imortal da Academia Mundial de Cultura e Literatura (AMCL) e Imortal Fundadora da Confraria Internacional de Literatura e Artes (CILA)

Inspirado no tema "Mãos de ninfa, de fada, de vidente", do poema "As Minhas Mãos", de Florbela Espanca