Prólogo de bailarina

Rio de Janeiro, 2018

Que fez uma cirurgia moderna

E nunca teve contato com fumo;

Sempre com ideias de autoconsumo,

Guardou o próprio fêmur de forma insana.

Bailarina que tirou a própria perna:

Salta, gira e gira num suprassumo

De leveza. No entardecer, seu rumo

Corrobora com a azulada e interna

Imensidão. Constitui-se em átomos

Ligando covalentemente anádromos

A um átomo de oxigênio "cansado".

Talvez seja isso que tenha explicado

Ainda dançar, mas não como dançamos,

E não torcer os pés, feito outros homos.