À tua espera
Eu te espero na manhã quebrada,
Porventura naquela noite incompleta,
Ou talvez dentro da madrugada
Quando líamos qualquer poeta.
As tardes quase todas impossíveis,
Os relógios endoidam os ponteiros,
Fusos horários sempre imprevisíveis,
Analógicos, digitais ou baderneiros.
Eu te aguardo sem cronologia,
Independente do agora ou outrora,
O importante é que sejas todo o dia.
Eu te aguardo com anacronia,
Sem influência de má ou boa hora
O que importa é que sejas Poesia.