SONETO DA LÁGRIMA....
Rimar é tão difícil quando se descuida,
Da lágrima que não define o sentimento,
E sem saber de quem trata ou se cuida,
Ao desejar suprir qualquer sofrimento.
Que na face deixa dúvida réu esculpida,
Se deveria servir de rés ensinamento,
Ou lamento em lembrança estúpida,
Do ter sem o verdadeiro apossamento.
É se repetir na íris sempre aturdida,
Além da minha mente assim diluída,
Nesta porção salobra de esquecimento.
Em cascata de quem vive vida iludida,
Ao molhar de forma vil e desmedida,
A mesma face do arrependimento.