DESATINO
DESATINO
De repente, caminho pela rua
à procura da tímida razão,
escondida no espelho da ilusão,
onde nada se mostra ou se insinua.
Ando só, na regência da mãe lua,
com o vento cortante em profusão.
Acelero o compasso em direção
da verdade aflitiva, nua e crua.
Engraçado, o meu tempo agora voa
na ampulheta quebrada do destino,
minha voz enfraquece e não ressoa...
Madrugada abastada em desatino!
Revelando o desgosto que destoa,
desse céu estrelado e cristalino.
HélioJSilva, Hortolândia-SP 22/09/2023