Zumbis do Capitalismo
Eis que surge a escuridão de um novo dia.
Estou outra vez sem meu terno de cetim,
Não realizei a minha fantasia, nem alegria.
Será que vou caminhar na vida até o fim?
Qual será a alternativa mais próxima de mim,
Para que eu refaça a trajetória de cortesia?
Os deuses são feitos de pedra, gesso e marfim,
Quero uma representação da minha agonia.
Quem sabe uma carranca, como arte final,
Mas é tão comum ver o sofrimento,
Que chegamos a dizer: "eu também aguento".
São tantas vidas vazias, sem amor ou ideal,
Folhas secas viajando em qualquer vento,
Nas bagagens seu único amor, o vil metal.