Quanto de nós ficou pelos caminhos

Despedaçados daquilo que somos

Ou do que éramos, por assim dizer

Coisas que não dão para refazer

Para trás tudo aquilo que nós fomos

Aceitando tudo o que nos opomos

“Não há nada que nós possamos fazer”

Melhor aceitar e assim desdizer

Tão pouco de nós, mais do que supomos

Quanto de nós ficou pelos caminhos

São tantos pedaços, tantos sozinhos

Peças soltas, estranhos dominós

Antes do fim vir nos vituperar

Será que um dia vamos recuperar

Tudo o que foi retirado de nós