Marcelinho

Marcelinho estava doente, havia vários sóis,

Não saía da cama, nem via os arrebóis,

De tempos em tempos, nutria o saber,

Bastava sentir ou o coração o atender.

Marcelinho morreu aos vinte e sete só,

Num leito de hospital sempre calado nó,

Doença pneu monológica bem contagiar,

Enfisema e tisicamente o medo criar.

Ele fumava por dia, três maços de cigarro,

Tinha a saúde e debilitado e se bem acidulado,

Voltou para Recife, sua terra de nascimento.

Muitas vezes, soltava da boca pigarro,

Fazia o contrário do que era consultado,

Hoje faz cinquenta anos de falecimento.

Gumer Navarro
Enviado por Gumer Navarro em 20/09/2023
Código do texto: T7890455
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