Marcelinho
Marcelinho estava doente, havia vários sóis,
Não saía da cama, nem via os arrebóis,
De tempos em tempos, nutria o saber,
Bastava sentir ou o coração o atender.
Marcelinho morreu aos vinte e sete só,
Num leito de hospital sempre calado nó,
Doença pneu monológica bem contagiar,
Enfisema e tisicamente o medo criar.
Ele fumava por dia, três maços de cigarro,
Tinha a saúde e debilitado e se bem acidulado,
Voltou para Recife, sua terra de nascimento.
Muitas vezes, soltava da boca pigarro,
Fazia o contrário do que era consultado,
Hoje faz cinquenta anos de falecimento.