Órfão
Mãe, como lembrar-me de você agora?
Como viver sem ter você comigo?
Tanta lembrança que na mente aflora!
Que foi que eu fiz pra merecer castigo?
Quem vai consolar seu filho que chora?
Quem vai salvá-lo, quando em perigo?
Quem vai chorá-lo, quando for embora?
Quem vai tratar agora o seu umbigo?
Mas minha fé socorre a mãe que perco.
E a mãe que ganho lá no céu, supera.
Nas orações que agora, já me cerco
Eu me protejo dessa vil quimera.
Mesmo não tendo quem embale o berço,
Só tem consolo quem em Deus espera.
Recife, 28/10/2021