Órfão

Mãe, como lembrar-me de você agora?

Como viver sem ter você comigo?

Tanta lembrança que na mente aflora!

Que é que eu fiz para merecer castigo?

Quem vai consolar seu filho que chora?

Quem vai salvá-lo, quando em perigo?

Quem vai chorá-lo, quando for embora?

Quem vai tratar agora o seu umbigo?

Mas minha fé socorre a mãe que perco.

E a mãe que ganho lá no céu, supera.

Nas orações que agora, já me cerco

Eu me protejo dessa vil quimera.

Mesmo não tendo quem embale o berço,

Só tem consolo quem em Deus espera.

Recife, 28 de outubro de 2021

Luís Xavier
Enviado por Luís Xavier em 20/09/2023
Reeditado em 03/02/2025
Código do texto: T7890349
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