Prisioneiro da saudade
Fui detido na prisão da saudade,
O meu delito foi te amar demais,
O veredicto foi a tua crueldade,
A pena foi de não te ver jamais.
Agora estou preso na saudade,
Cumprindo as penas como tais,
Rogo teu perdão, por caridade,
Deixa que te veja uma vez mais.
Solicito o habeas corpus do amor,
Meu advogado é tua compaixão,
Dá-me a ventura de sanar a dor,
Dá-me o prazer de ter uma paixão,
Se não queres finar este clamor:
Dá-me então, o fúnebre caixão.
Manaus, data desconhecida