JUBIABÁ
Lembro o amado Jorge, o Jorge Amado,
Em seu Jubiabá, precisamente.
Toda estória renasce em minha mente,
Nela viajo sem ser convidado.
O preto Balduíno, endiabrado,
Sua luta por reconhecimento.
Sua voz que ecoa aos quatro ventos,
Enfrenta o preconceito enraizado.
O século vinte se iniciava.
A vida não era um mar de rosas
Numa Salvador preconceituosa.
Ali, foi estivador e boxeador,
A luta em defesa de sua cor
Torna-se apenas mais uma que trava.