HIKIKOMORI
Nada me comove, nada me abala
Nada comunica ou me dá contento
Nada dentro de mim eu represento
Nada fora de mim me fala nada.
Como me deito, assim amanheço,
Será hoje segunda... ou setembro?
Risco na agenda só o que não lembro
Ignorando se é o final ou o começo.
Minha casa circulada em um mapa
Hoje é o limite do meu pensamento
Alguém vive lá fora meus momentos?
Sem a dor, a crítica ou julgamentos
No vácuo compulsório de minh'alma
Paradoxo eu vivo a inexistência inata.