As palavras não ditas
Em silêncio torturante e escondidas
As palavras são sempre mais sinceras
São paixões, vontades adormecidas
Confinadas nos sonhos, em quimeras
Elas clamam por voz em noites frias
São confissões e verdades ocultas
Formam tristezas e melancolias
E dizimam o amor que em ti sepultas
Mas no fim e quando a morte chegar
Teus segredos serão todos despidos
Em palavras que agora irão ecoar
Na derradeira hora somos vencidos
E encontramos a luz do anoitecer
E sem palavras, nosso falecer