MEU EXÍLIO
Na calmaria da noite te grito
Em pensamento, dor angustiosa
Que, por tua partida ao infinito
Aumenta a tortura silenciosa
No martírio de viver sem ti
Solidão infla o peito vazio
Enquanto a sanidade que perdi
Leva a mente, aturdida, ao desvario
Louco de saudades, ensandecido
Incompleto pela ausência tua
Pelo nada dentro cá, consumido
Que a morte, deste momento, usufrua
E meu olhar daqui seja banido
Enquanto nosso amor se perpetua