Senescência
O Tempo está fugindo nas montanhas
Do Destino secreto, vacilante...
Há sempre um melancólico viajante
Perdido, desertado das campanhas.
As nuvens são esquálidas aranhas
Tecendo o esquecimento no horizonte.
O Tempo corre intrépido, vibrante,
Dez anos em dez meses de artimanhas...
Oh! Horas infecundas, sonolentas,
Sombras de tempestades nevoentas,
Tardias e soturnas tempestades...
Lá vem a carismática velhice,
Vem com suas mortalhas de chatice
E um cajado de místicas saudades!
Fabio Santos,
15 de outubro de 2017.