SETEMBRO AMARELO

O homem pode pôr fim à sua vida, mas não à sua imortalidade.

Milan Kundera

Setembro vem chegando em amarelo,

Anunciando o frescor da primavera,

O som veludoso de um violoncelo

O breve meditar numa quimera.

Mas há quem com si mesmo trava um duelo

Vivendo em lento compasso de espera

A suspender consigo o seu próprio elo

Pra vencer, por fim, essa odiosa fera.

E assim vai sustentando seu transtorno

Num silêncio soturno e sepulcral,

A cor fugindo sempre do seu entorno

E nada mais se faz belo e especial.

Preciso é descobrir novos contornos

E expulsar de si, enfim, todo esse mal.

Alessa B
Enviado por Alessa B em 12/09/2023
Código do texto: T7883944
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.