Soneto de desejo e agonia

É tão óbvio, amor, que te desejo

Bem mais que, em poemas, vos declaro

Disfarço o ciúme, a dor, o pejo

Mas deixo o meu afeto sempre claro

E tremo e coro assim que o vejo

Ouço, do coração, leve disparo

O corpo se aquece e, então, me adejo

E toda a minha libido escancaro…

Às vezes me tortura essa agonia

E tento esconder minha fantasia

Mas esta se revela quando arquejo

Mesmo que me exponha em demasia

Eu busco a tua face noite e dia

E abafo essa tensão com um gracejo.

Adriribeiro/@adri.poesias

Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 07/09/2023
Reeditado em 08/09/2023
Código do texto: T7880447
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