Soneto de desejo e agonia
É tão óbvio, amor, que te desejo
Bem mais que, em poemas, vos declaro
Disfarço o ciúme, a dor, o pejo
Mas deixo o meu afeto sempre claro
E tremo e coro assim que o vejo
Ouço, do coração, leve disparo
O corpo se aquece e, então, me adejo
E toda a minha libido escancaro…
Às vezes me tortura essa agonia
E tento esconder minha fantasia
Mas esta se revela quando arquejo
Mesmo que me exponha em demasia
Eu busco a tua face noite e dia
E abafo essa tensão com um gracejo.
Adriribeiro/@adri.poesias