Desencanto
Na alma, um vazio infinito se faz presente,
Onde noites de estupro calaram meu grito,
Quem me feriu, com minha mãe e irmã está inocente,
E ao vê-lo todas as manhãs, meu sofrimento é infinito.
Meu sorriso, agora, é apenas fingido,
Com meu parceiro, a libido se esvaiu,
Há algo que nunca serei capaz de contar, escondido,
Uma cena que na prisão eternamente minha alma partiu.
Impotente me sinto ao olhar para o passado,
Quando me via fraca e solitária,
Quando meu corpo foi machucado e violado.
Não posso ser verdadeira, além dessa linha imaginária,
Adeus ao mundo encantado que sonhei,
Essa dor, embora afete muitos, é só minha, é o que sei.