O tempo e seus anseios

Olhando pela janela do tempo, observo o quanto andei, hoje o tempo és meu acalento, me resta a saudades e sofrimentos, de querer voltar no tempo...

O tempo trouxe amargura, esfriou o coração, que de ternura suplicava, hoje só vive de recordação...

O café esfriou, de esperar o tilintar do relógio, não tinha tempo para nada, Nem para vagar nos pensamentos, Vivia a vida corrida, sempre apressada, não vi a vida passar e minha correria não deu em nada...

Tempo tu és um buraco negro, capaz de sugar todos os desapegos, mas o tempo que leva a flor desabrochar, o mesmo tempo é capaz de suas pétalas espalhar.

O tempo faz as lágrimas rolar mas o mesmo tempo a faz secar

Viver no tempo? Ou o tempo deixar andar? há se existisse uma forma de parar o tempo, traria quem já se foi, para parar o sofrimento...

E o tempo de criança? se guarda na lembrança, a família reunida para um simples café depois do almoço, Era boas as prosas, risos até soluços...

O tempo trás as verdades mais sofridas mas leva a mentiras capaz de destruir a vida...

Diga me tempo!

Se tu és meu paradeiro, aqui nessa janela te olhando o dia inteiro, tú trouxe-me a tristeza e minha alegria levou, hoje olho para janela com olhar cheio de dor.

Quanto de mim já perdi, na esperança de parar o tempo, hoje o espelho é meu único amigo verdadeiro ao mostrar meu desespero, incapaz de me curar, a pele de pêssego se transformou em uva passa, sem sentimento, sem amor...

Meu coração o tempo esfriou, levou tudo que amava, e a terra consumiu, hoje vivo a minha amargura, com o olhar sem ternura, já não tenho estrutura e um rosto sem figura, as expressões do meu rosto o tempo levou deixando apenas as marcas por onde o Sol andou

Ó tempo, se tú és meu acalento porque me faz lembrar de tanto sofrimento?

Hoje dou meus últimos suspiro e entendo que ninguém é capaz de parar o tempo. A morte chegou e assim para todos, ela é a única resposta que o tempo nós trás, não existe nada além do espelho, nem a forma de parar nosso desespero. Aqui nessa terra somos loucos, e uns apaixonados

Em busca de carinho, em uma vida incapaz de até mesmo achar seu ninho, somos como passarinho que fica a voar, e em busca de seu destino encontrar, e sendo presa a fera o devora agora, assim como a morte nos sucumbi agora, só nos resta o repousar...

Há única resposta que a morte nós traz, É que ninguém consegue parar o tempo, nunca, jamais!

Letícia Viegas
Enviado por Letícia Viegas em 05/09/2023
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