Uma sátira lírica-escatológica
A poesia, dama talentosa,
Desenha uma rosa sem espinho,
Pra enganar as ervas do vizinho,
Com o fulgor que empresta à sua rosa.
A poesia segue o seu caminho,
Independentemente do destino,
Com seu humor, satírico e ferino,
Capaz de tocar fogo no parquinho.
A poesia, rainha sem trono,
Faz do bobo da corte um cão sem dono,
Perdido nos canis de Pavlov.
Do binômio estímulo-resposta,
A poesia descortina a bosta,
E busca encontrar alguém que prove.