Oblívio
No doce mar da mente, o Oblívio,
Um véu de esquecimento paira no ar,
Embrulhando memórias no seu fio,
Apagando o que um dia foi amar.
Na alcova do esquecer, ele repousa,
Silente e sorrateiro em sua ação,
Devora lembranças sem dó nem pausa,
Deixando apenas um vazio no coração.
Mas, oh, Oblívio, és tu tão cruel,
Ao roubar pedaços da nossa história,
Transformando em pó o que era fiel.
Ainda assim, em ti reside a glória,
Pois ao esquecer, podemos renascer,
E encontrar paz no novo amanhecer.