SONETO CAÍDO

Ao sentimento esconde o verso sua ilusão

E a mão da emoção escreve o ávido sentir

Não canta sensação e não murmura sorrir

Não toma a suave poética de uma paixão

Ata os sonhos, em lugar de later o coração

Apática poesia sobre o pálido papel, a ferir

Sangram, choram, botando a alma a despir

Sem rir, sem olhares, e gesto, e admiração

Ao agrado esconde a poesia toda a glória

Deixando o fascínio perdido... esquecido...

E, não lembra do amor em sua memória

Invasivos versos, doído, elemento caído

Colocas meu poema em sua palmatoria

Sempre o mais triste foi para o condoído.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

3 setembro, 2023, 14’04” – Araguari, MG

Canal do YouTube:

https://youtu.be/jsitPge3F70

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 03/09/2023
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