Senhor V
Caríssimo leitor, de agora em diante
Jamais farei um verso modernista!
E peço a todo nobre sonetista
A vênia por não ter sido elegante.
De fato, a irreverência foi constante,
Fez parte de um passado amadorista...
Quem sabe lendo um velho tratadista
Renego aqueles versos aberrantes?!
Perdão, meu caro, pela rima inculta,
Bastava uma só rápida consulta,
Que teria por mancha essa "saída".
Não há nada maior que esse estandarte:
Mais vale, pois, a arte pela arte,
Que estar fazendo a arte pela vida.