Senhor V

Caríssimo leitor, de agora em diante

Jamais farei um verso modernista!

E peço a todo nobre sonetista

A vênia por não ter sido elegante.

De fato, a irreverência foi constante,

Fez parte de um passado amadorista...

Quem sabe lendo um velho tratadista

Renego aqueles versos aberrantes?!

Perdão, meu caro, pela rima inculta,

Bastava uma só rápida consulta,

Que teria por mancha essa "saída".

Não há nada maior que esse estandarte:

Mais vale, pois, a arte pela arte,

Que estar fazendo a arte pela vida.

Gabriel Zanon Garcia
Enviado por Gabriel Zanon Garcia em 03/09/2023
Código do texto: T7876969
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.