EU SOU A ÚNICA...
Como quem refuta sua própria existência,
Apresentando em vão errônea mea-culpa,
Rastejei em teu caminho sem resistência,
E por teus erros, perdido, pedi desculpas.
Nos teus tolos fundamentos e insistência,
Debrucei-me nessas fiéis ideias estúpidas,
Que de ti apenas brotava véu consistência,
E protegias os ouvidos da minha voz inculta.
Ainda que pese aquela rama de indiferença,
Que até hoje me corrói por tanta incoerência,
Por sentir que de ti fui uma mera trama lúdica.
A mente me traí, e trazendo a tua presença,
É como se não bastasse a vil e ida experiência,
Sussurrando por maldade “Eu sou a única”.