O NOME MAIS PERFEITO DA ILUSÃO
Com os cacos da minha memória
Relembro as nossas conversas intermináveis
E nossa vontade de que o acaso fosse
Generoso conosco na roda da vida
Que na estrada tivesse menos espinhos
Que não fosse o medo que nos guiasse
Que não mergulhássemos nas dúvidas
Que a ilusão não permeasse nossas vidas
Mas recolhendo os pedaços da memória
Vejo que na nossa estrada o avesso
Caminhou lado a lado com nossas ilusões
A vida fez-se acaso, que fez-se sina
Que fez-se dúvida, que fez-se perca
Que fez-se o nome mais perfeito da ilusão