Sombra

Senti, tão de repente, uma alegria,

Que fez tombar meu peito flebilmente:

Qual fosse uma folhinha aurifulgente,

Lançou-se, amortalhado, à luz do dia.

Penou, cantou, chorou, fez poesia,

Acreditou na dor perdidamente...

Não quis margem deixar, foi diligente,

Sofreu, e muito além do que podia!

E, agora, nesta noite, me questiona,

Vivendo a mesma sina ou maratona:

"Quão forte pulsa a dor do verbo amar?"

Não sei, sinceramente, o que dizer...

Mas vejo -- após o dia amanhecer --

Que a minha vive à sombra do luar.

Cachoeirinha, 31 de agosto de 2023.

Gabriel Zanon Garcia
Enviado por Gabriel Zanon Garcia em 31/08/2023
Código do texto: T7875039
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