Pretérito Imperfeito

Naquela casinha toda em poesia,

Que cabia ali todo sonhar fecundo,

Onde o pão e o feijão traziam alegria,

E todo amor se aflorava no mundo.

Um refúgio singelo, de paz e encanto,

Onde os sonhos encontravam guarida,

No abrigo modesto, porém tão santo,

A esperança e o afeto florescida.

Era o lar que acolhia, com ternura,

As dores e as alegrias da vida,

Nas paredes, memórias traziam frescura.

Naquela casa, pequenina e singela,

Os sonhos se uniam em pura magia,

Um soneto ao lar que a alma apela.