A tortura é a herança que não se encerra
Quantas derrotas se faz uma guerra
Quantas para chegar até o extermínio
Em qual batalha perdi o meu domínio
E o rumo, neste solo, nesta terra
O remorso é a derrota de quem erra
Toda culpa é bem pior que o morticínio
Depois do topo o destino é o declínio
A tortura é a herança que não se encerra
Tudo muda e continua na mesma
São folhas soltas que não formam resma
Espessa ferrugem que corrói os anos
Sordidez é a lâmina da navalha
Conformação é a capa da mortalha
Nesta batalha apenas esperamos