Soneto aos Vampiros
Sepulcral olhar com que cobiça a presa
desejoso por drenar-lhe o rubro vinho
E cravar em pele alva o negro espinho
da sanguínea maldição que nele pesa
Príncipe e lacaio da infernal realeza
Cadáver imortal que bem quietinho
Espreita na penumbra o mal caminho
Para ceifar te a vida em garra tesa
Vulto espectral das noites frias
Levitas como horrenda criatura
Demônio de um delírio mais insano
Cruéis e impiedosas tuas vias
Visão que me atormenta e me tortura
Moldada pelas mãos de um Deus profano
Nome: César Ferreira
Data: 27/08/2023