Soneto do Poeta Solitário
Soneto do Poeta Solitário
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Não serei lembrado em grandes tomos
E os poucos versos que contente invento
Farão-se dispersar em breve ao vento
que sopra, a era vil que cá dispomos
Pois não mais somos grandes, mas já fomos
e não se amam mais as letras, desalento
Ainda assim prossigo o meu intento
Pois mister é que n'arte persistamos
Quem mais irá cantar ao horrendo mundo
Senão o poeta, heróico e insistente
que com letras, rimando, a terra alegra?
Serei, portanto o último, e fecundo
Escritor e menestrel, muito eminente
a fazer da pena e tinta, a Santa regra
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Autor: César
Data: 24/08/2023